Zika vírus e a Gravidez

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    O Brasil enfrenta uma epidemia do zika vírus. Este vírus é também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e provoca sintomas parecidos, porém mais brandos do que os da dengue: febre, dor de cabeça e no corpo e manchas avermelhadas na pele, que é o principal sintoma. Apesar da transmissão ser similar a da dengue, acredita-se que durante a manifestação dos sintomas, o vírus também pode ser transmitido pelo sangue ou pela relação sexual. Por este princípio, também poderia ocorrer na amamentação.

    No último final de semana, o governo brasileiro confirmou a relação entre o vírus e a microcefalia, uma afecção craniana na qual o bebê nasce com a cabeça de tamanho menor que o normal e onde podem existir graus de acometimento neurológico. A microcefalia era tida como uma doença de herança genética ou relacionada a doenças infecciosas como a toxoplasmose ou o citomegalovírus.

    A região Nordeste é a região mais afetada pelo surto de microcefalia. No Brasil todo existem relatos de casos de microcefalia em mais de 300 municípios  e 14 Estados, potencialmente associados ao zika vírus.

    MAPA ZIKA VIRUS

    O que é o zika?

    É um arbovírus (do gênero flavivírus), ou seja, costuma ser transmitido por um artrópode, que pode ser um carrapato, mas normalmente é um tipo de mosquito.

    No caso do zika, ele é transmitido por um mosquito do gênero Aedes, como o Aedes aegypti, que também causa a dengue.

    mosquito

    Quais são os sintomas:

    Inicialmente, os sintomas podem ser confundidos com uma simples gripe, provocando:

    • Manchas avermelhadas na pele;
    • Febre, entre 37,8°C e 38,5°C;
    • Dor nas articulações, principalmente das mãos e pés;
    • Dor nos músculos do corpo;
    • Dor de cabeça, que se localiza principalmente atrás dos olhos;
    • Dor abdominal;
    • Diarreia;
    • Conjuntivite;
    • Pequenas úlceras na mucosa oral.

    Lembrando que a maioria dos casos de infecção não manisfesta qualquer sintoma.

    Qual o tratamento para o zika?

    Não há uma vacina, nem um tratamento específico para o zika vírus, apenas medidas para aliviar os sintomas, como repouso e tomar analgésicos, como paracetamol, para controlar a febre. O uso de aspirina não é recomendado por causa do risco de sangramento.

    Também se aconselha beber muito líquido para amenizar o mal-estar.  Um médico deve ser procurado assim que os primeiros sintomas surgirem.

    Como prevenir?

    Como a transmissão ocorre pela picada do mosquito, recomenda-se o uso de mosquiteiros com inseticidas, além da instalação de telas.

    Também deve-se utilizar repelentes. Os dois principais disponíveis no Brasil e considerados seguros para grávidas são:

    • Icaridina na concentração de 20 a 25% (Exposis) – é o repelente de maior duração na pele – aproximadamente 10 horas de proteção;
    • DEET na concentração de até 15% (OFF; Repelex) – confere proteção por 6 horas.

    Confira abaixo alguns cuidados:

    • Não deixe água limpa se acumular em sua casa ou quintal. Isso inclui vasos de plantas, móveis e enfeites em áreas externas. Fique de olho em poças d`água que se formam após a chuva;
    • Use roupas claras, e, de preferência, mangas e calças longas;
    • Mesmo que você tenha parceiro fixo e toda a confiança na relação de vocês, use preservativos para evitar a contaminação por via sexual;
    • Passe repelente contra insetos, inclusive por cima da roupa, para aumentar a proteção. Reaplique a cada seis horas.

    Problemas na Gravidez

    Não se sabe ainda em que fase da gravidez  o vírus zika é mais perigoso para o bebê, mas os três primeiros meses é sempre o período mais crítico, porque os órgãos estão em formação. A única alteração até o momento relacionada a infecção é a microcefalia, porém há possibilidade de acometimento em outros orgãos.

    Qual o posicionamento do Grupo Huntington?

    Cada caso deve ser individualizado e discutido com o seu médico. Embora as autoridades tenham recomendado evitar a gravidez, nos casais inférteis, o adiamento indefinido pode representar uma queda significante nas expectativas de sucesso, pois a idade e a reserva ovariana da mulher são fundamentais. Assim esta decisão deve ser muito ponderada e dependente do risco e da região onde o casal vive.

    É importante lembrar que para estes casos de maior risco, pode-se considerar a técnica do congelamento de embriões, que além de segura e eficaz, permite manter a capacidade reprodutiva do casal, sem a perda de eficiência, caso a postergação da gravidez se dê por longo período de tempo, mantendo assim a capacidade reprodutiva atual da mulher. Até o momento, para as áreas não endêmicas não há motivos para se recomendar o adiamento da gestação, porém as orientações de prevenção da infecção ficam mantidas.

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