Como funciona a inseminação artificial? Guia sobre o procedimento
Representação microscópica de um espermatozoide sendo injetado em um óvulo com agulhas finas, ilustrando um procedimento de como funciona inseminação artificial.

Como funciona a inseminação artificial? Guia completo sobre o procedimento

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Entender como funciona a inseminação artificial é o primeiro passo para muitas pessoas e casais que sonham em formar uma família. Também conhecida como Inseminação Intrauterina (IIU), essa técnica tem ajudado muitas pessoas a realizarem o sonho da maternidade e paternidade.

Além disso, é um tratamento de reprodução assistida de baixa complexidade, muito conhecido principalmente por facilitar o encontro natural entre óvulo e espermatozoide, aumentando as chances de uma gestação.

A jornada da fertilidade é única e repleta de emoções. Por isso, conhecer cada etapa do processo traz mais segurança e tranquilidade. Descubra mais sobre a inseminação artificial a seguir!

O que é a inseminação artificial e para quem é indicada?

A inseminação artificial é um tratamento no qual uma amostra de sêmen preparada em laboratório é inserida diretamente na cavidade uterina da mulher. Essa colocação no útero encurta o caminho para que os espermatozoides alcancem o óvulo nas trompas, onde a fecundação ocorre naturalmente.

As principais indicações da inseminação artificial incluem:

  • Fator masculino leve: alterações discretas na quantidade ou motilidade dos espermatozoides;
  • Fator cervical: muco espesso ou barreiras no colo do útero;
  • Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA)
  • Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) com ovulação controlada;
  • Casais homoafetivos femininos (com sêmen de doador);
  • Produção independente (mulher sem parceiro que deseja gestar);
  • Dificuldade para ter relação sexual no período fértil (dor, impotência, logística).

Em resumo, o principal objetivo é aumentar as chances naturais de concepção, preservando o mecanismo fisiológico de fecundação.

Como funciona a inseminação artificial na prática?

O tratamento é realizado em etapas cuidadosamente planejadas e acompanhadas por uma equipe médica especializada. Assim, cada fase é fundamental para aumentar as chances de sucesso do procedimento. São elas:

1. Estimulação ovariana

O ciclo se inicia com o uso de medicamentos hormonais, geralmente de baixa dosagem, para estimular os ovários a produzirem um número maior de folículos, que são as pequenas bolsas que contêm os óvulos. O ideal é obter de um a três folículos maduros para evitar o risco de uma gestação múltipla.

Por que estimular? Mais chances de um bom óvulo ser liberado = melhores taxas de sucesso.

2. Monitoramento do crescimento dos folículos

Durante a estimulação, a paciente realiza exames de ultrassom para acompanhar o crescimento dos folículos. Quando eles atingem o tamanho ideal, é administrado um outro hormônio (hCG) que induz a ovulação em cerca de 36 horas. Isso permite agendar a inseminação para o momento mais fértil do ciclo.

3. Coleta e preparo do sêmen

No dia agendado para a inseminação, o parceiro ou o banco de sêmen fornece a amostra seminal. Em laboratório, ela passa por um processo chamado de capacitação espermática, que seleciona os espermatozoides mais rápidos e saudáveis, concentrando-os em um pequeno volume de alta qualidade.

4. O procedimento da inseminação

A inseminação em si é um procedimento simples, rápido e geralmente indolor, realizado no consultório médico. Com a paciente em posição ginecológica, o médico insere um cateter fino que atravessa o colo do útero para depositar os espermatozoides capacitados diretamente na cavidade uterina.

A partir daí, a paciente pode retornar às atividades no mesmo dia.

5. Suporte da fase lútea e teste de gravidez

A depender do protocolo, pode ser usada progesterona para melhorar a receptividade do endométrio. Cerca de 14 dias depois da inseminação, é realizado o exame de sangue (Beta-hCG) para confirmar a gestação.

A inseminação artificial dói?

Não. A maioria das mulheres relata nenhum ou mínimo desconforto, comparável à colocação do espéculo para um exame ginecológico de rotina. A passagem do cateter é rápida e bem tolerada.

Qual é a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV)?

Em resumo, a principal diferença está no local onde a fecundação ocorre. Na inseminação artificial, a fecundação acontece de forma natural, dentro do corpo da mulher, nas trompas. Ou seja, o tratamento facilita o encontro entre o óvulo e o espermatozoide.

Já na Fertilização In Vitro (FIV), a fecundação é realizada em laboratório. Os óvulos e os espermatozoides são coletados e unidos em um ambiente controlado. Somente após a formação do embrião é que ele é transferido para o útero da paciente. A FIV é um procedimento de maior complexidade, indicado para casos mais desafiadores de infertilidade.

CaracterísticaInseminação Artificial (IIU)Fertilização In Vitro (FIV)
Onde ocorre a fecundação?Dentro do corpo (trompas)No laboratório
ComplexidadeBaixaAlta
Manipulação dos óvulos?NãoSim
IndicaçõesFatores levesCasos moderados a graves
CustosMenoresMaiores

Resumo: IIU ajuda o encontro óvulo + espermatozoide; na FIV, o embrião já está pronto para implantar no útero.

Quais são as taxas de sucesso da inseminação artificial?

As taxas de sucesso da inseminação artificial por ciclos variam conforme: a idade da mulher, a qualidade dos gametas, a causa da infertilidade e a resposta ovariana.

Geralmente, as chances de gravidez por ciclo de tratamento ficam em torno de 15% a 20%. Além disso, é comum realizar até 3  ciclos antes de reavaliar a estratégia terapêutica.

No entanto, é fundamental conversar com seu médico especialista em reprodução humana. Isso porque ele poderá avaliar o seu caso individualmente e fornecer uma perspectiva mais precisa sobre as chances de sucesso para você.

Assista ao vídeo para entender um pouco mais sobre a inseminação artificial de forma rápida e prática.

Inseminação intrauterina: técnica menos invasiva | Huntington

Como se preparar para o procedimento?

Geralmente, a preparação para a inseminação artificial inclui:

  • Avaliação médica completa;
  • Exames para verificar as condições reprodutivas;
  • Estilo de vida saudável (exercícios moderados, boa alimentação, evitar cigarro).

Além disso, o acolhimento emocional é parte fundamental do cuidado:

“Buscar e manter uma rede de apoio, seja com terapias especializadas, seja compartilhando com outras pessoas que podem ou não ter vivido essa experiência – amigos, familiares, grupos de apoio – é de extrema importância para preservar a qualidade de vida de quem passa por um processo de diagnóstico de infertilidade e tratamento”, explica a Dra. Leci Amorim, especialista em reprodução assistida.

Por que o acompanhamento médico é fundamental?

A fertilidade envolve variáveis biológicas, emocionais e temporais. No entanto, com suporte especializado, cada etapa do tratamento é cuidadosamente monitorada, garantindo segurança, acolhimento e a melhor chance possível de sucesso.

“O gerenciamento de expectativas ajuda a traçar objetivos e sonhos tangíveis e entender que a biologia humana não é infalível. Com o apoio e suporte do médico e da equipe envolvida com empenho é possível atingir o melhor resultado que se pode esperar para  aquela família”, ressalta a Dra. Leci Amorim.

Se você tem dúvidas sobre a inseminação artificial ou deseja saber se ela é indicada para o seu caso, agende uma consulta. Estamos aqui para caminhar ao seu lado nessa jornada!

REFERÊNCIAS

CHRONOPOULOU, E. et al. Optimizing intrauterine insemination: A systematic review and meta‐analysis of the effectiveness and safety of clinical treatment add‐ons. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, jul. 2024. DOI: https://doi.org/10.1111/aogs.14858.

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SALANG, L. et al. Luteal phase support for women trying to conceive by intrauterine insemination or sexual intercourse. The Cochrane Database of Systematic Reviews, ago. 2022. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD012396.pub2.

YAMAMOTO, K.; KASHIWAGI, N.; OTSUKA, M.; HORI, T. Effects of a simple method for determining the time of insemination and different methods on artificial insemination in common bottlenose dolphins (). The Journal of Veterinary Medical Science, p. 655–661, jun. 2024. DOI: https://doi.org/10.1292/jvms.23-0523.

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