Check-up de fertilidade: para que serve e quando deve ser feito?
check-up de fertilidade

Quando realizar um check-up de fertilidade?

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o conceito de saúde considera um bem-estar físico, mental e social. Não se trata apenas de ausência de doença, mas de qualidade de vida. Por isso, não dá para falar de um estilo de vida saudável sem considerar um conjunto global de escolhas: alimentação, beber água, exercícios físicos, bons relacionamentos e cuidados com saúde mental.

Também é preciso considerar que cada fase da vida implica em atenção específica para algumas áreas. No caso de planejamento familiar e fertilidade, no entanto, muitos adultos ficam presos às orientações recebidas na adolescência sobre saúde sexual e gravidez.

Nesse sentido, a Huntington separou algumas orientações importantes sobre check-up de fertilidade. Aprenda mais sobre o assunto e prepare-se para uma nova fase, novos sonhos e futuras escolhas de maneira mais responsável. 

O que é um check-up de fertilidade?

Em resumo, check-up de fertilidade trata-se de uma consulta com médico especialista em saúde reprodutiva para avaliar, direcionar e cuidar da sua questão reprodutiva. Através de exames, a investigação irá guiar o paciente pelas decisões mais adequadas conforme planos futuros e histórico clínico.

Quando é o momento certo para investigar a fertilidade?

Em geral, indica-se que os exames sejam iniciados caso a mulher tenha menos de 35 anos e está tentando engravidar há 12 meses, com relações sexuais frequentes no período fértil

e com ausência de métodos contraceptivos. Para mulheres com mais de 35 anos, seis meses de tentativas sem resultado são suficientes.

Também mulheres e homens que desejam postergar a gravidez tem indicação de realizar o check da fertilidade para melhor planejamento e avaliação de necessidade da preservação de óvulos ou espermatozoides que perdem qualidade e quantidade ao longo do tempo.

Segundo o Dr. Ricardo Marinho, diretor científico da Huntington Pró-Criar, esses marcos podem ser menores em caso de histórico ginecológico ou de sêmen alterado. Por exemplo,

ciclos menstruais irregulares, relato de cirurgia nos ovários e histórico de endometriose, estão entre as justificativas de uma  investigação precoce.

A primeira etapa da investigação sobre fertilidade é baseada nos seguintes pilares: avaliações da ovulação, do sêmen, das trompas e do útero.

Check-up de fertilidade para homens e mulheres

Diversos exames podem ser solicitados no check-up de fertilidade, conforme os profissionais recebem os primeiros resultados e decidem o caminho a ser seguido. Além disso, a saúde reprodutiva é composta de diversas peças que precisam ser analisadas de maneira holística.

Por exemplo, segundo o Dr. Ricardo para Revista Cria, a reserva ovariana indica o potencial reprodutivo em termos de quantidade de gametas (óvulos). Isso porque a mulher já nasce com todos os óvulos que serão usados durante a sua vida reprodutiva e, ao longo do tempo, o número diminui gradativamente. 

De acordo com o especialista, uma reserva ovariana um pouco alterada não significa uma incapacidade para engravidar, no entanto requer atenção. Diversos fatores podem impactar neste índice, como tratamento para o câncer, endometriose e doenças autoimunes. A partir deste tipo de indicador, para mulheres que não pretendem engravidar imediatamente, é possível optar por exemplo pelo congelamento de óvulos.

Vale destacar a ultrassonografia transvaginal como um dos exames mais importantes no check-up de fertilidade. Ela permite visualizar detalhadamente os ovários e contar os folículos antrais, que são pequenas estruturas onde os óvulos começam a se desenvolver. Essa contagem ajuda os especialistas a estimar a quantidade de óvulos disponíveis naquele ciclo e fornece uma visão mais precisa sobre a saúde reprodutiva da mulher.

Já o exame de hormônio Anti-Mülleriano (AMH) é feito por meio de um simples exame de sangue, mas traz uma informação valiosa: ele indica a reserva ovariana, ou seja, a quantidade estimada de óvulos que a mulher ainda possui com potencial fértil. Juntos, esses exames ajudam a traçar um panorama real da fertilidade atual e são fundamentais para definir estratégias de cuidado e planejamento.

Para os homens, um dos exame que pode ser solicitado é o espermograma completo com

capacitação e morfologia estrita. Serão avaliados a quantidade, a movimentação e as características morfológicas dos espermatozóides. 

Ainda segundo o médico, caso o espermograma aponte alterações nos parâmetros do sêmen, o ideal é que em seguida o homem seja avaliado por um urologista especializado em reprodução. Assim será realizado um exame físico e outros exames complementares, como ultrassonografia, dosagens hormonais e testes específicos, como a fragmentação do DNA espermático.

Outros exames do check-up de fertilidade

Além dos exames habituais citados, também pode ser necessário investigar questões genéticas. O cariótipo, por exemplo, é um exame cromossômico que analisa o DNA do casal e pode ajudar a identificar alterações genéticas, especialmente em casos de infertilidade prolongada ou abortos por repetição.

Os exames do check-up também são úteis para identificar outras doenças. Por exemplo, o exame sorológico é feito pelo casal, e indica a presença de doenças infectocontagiosas, como hepatite B, hepatite C, HIV, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, sífilis e HTLV.

Por fim, é importante lembrar que há situações em que todos os exames do casal estão normais, mas a gravidez ainda não aconteceu. Nesses casos, a infertilidade é classificada como sem causa aparente. Este é um diagnóstico frustrante, mas que é possível, e portanto não pode ser ignorado. 

Por isso, ao iniciar este tipo de investigação, desde o princípio indica-se que haja acompanhamento psicológico e uma rede de apoio presente como forma de preparação e fortalecimento do casal.

O que os resultados do check-up de fertilidade podem indicar?

Enfim, alguns resultados do check-up de fertilidade podem indicar situações reversíveis ou que apenas exigem acompanhamento contínuo, sem necessidade imediata de intervenção. Em outros casos, o diagnóstico pode revelar condições como baixa reserva ovariana, ovulação irregular ou alterações na qualidade do sêmen, exemplos de fatores que afetam diretamente a capacidade de engravidar. 

Quando essas alterações são identificadas, o médico pode indicar o tratamento mais adequado, sempre levando em conta o histórico e os objetivos do casal. Logo, identificando ou não diagnósticos que demandem tratamento profissional, a partir da investigação traçada pelo check-up de fertilidade é possível tomar decisões quanto ao planejamento familiar de forma mais transparente, madura e responsável.

Conheça o atendimento da Huntington e faça seu tratamento em uma clínica com tradição e referência. Um dos princípios do nosso trabalho é a transparência, por isso acreditamos em sempre fornecer informação de qualidade. 

Sobre check-up de fertilidade ou para aprender mais sobre assuntos relacionados à reprodução humana, leia também a Revista Cria.

REFERÊNCIA

HUNTINGTON. CHECK UP DA FERTILIDADE. Conheça os exames que ajudam a entender o que pode estar impedindo a gravidez.  Revista Cria, São Paulo, ed. 5, p. 36-39. Disponível em: https://www.calameo.com/read/0077675224db0a1dfeba4. Acesso em: 27 maio 2025.

Revisado por Dra. Claudia Gomes Padilla

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