
O papel do espermatozoide na reprodução humana: como a qualidade do sêmen afeta a inseminação artificial?
Para além de procedimentos médicos e estatísticas quanto à possibilidade de gerar um filho, sempre é preciso lembrar que a medicina reprodutiva trabalha com a vida humana em seus diversos aspectos.
Por isso, a Huntington preza por uma abordagem sensível e empática, sempre com informação de qualidade. Nesse sentido, aprenda conosco mais sobre o papel do espermatozoide e seu impacto nos resultados na inseminação artificial
Espermatozoide: qual a sua estrutura e o seu papel na reprodução?
O espermatozoide é a célula produzida pelo homem e fundamental para a reprodução, desempenhando um papel essencial na transmissão do material genético para a próxima geração. Eles são produzidos nos testículos em grande quantidade diariamente e tem como função alcançar e fecundar o óvulo feminino durante o coito. Essa célula microscópica carrega metade da carga genética necessária para formar um novo ser humano, tornando-se peça chave na fertilização.
A jornada do espermatozoide é marcada por desafios consideráveis, já que precisa “nadar” através do trato reprodutor feminino até encontrar o óvulo, enfrentando barreiras biológicas e químicas ao longo do caminho.
Sua estrutura é composta por três partes:
- A cabeça, que contém o material genético;
- A peça intermediária, rica em mitocôndrias para fornecer energia;
- E a cauda, que permite a locomoção. Ela é adaptada para cumprir essa missão complexa e vital.
O espermatozoide carrega o material genético proveniente do companheiro ou doador, importante para a formação do embrião e também para a determinação do sexo do bebê, uma vez que ele é quem carrega o gene “X” ou “Y”, que determina se o feto será biologicamente mulher ou homem respectivamente.
Como acontece a inseminação artificial?
A inseminação artificial (IA) ou inseminação intrauterina (IIU) é uma técnica de reprodução assistida indicada para casais com dificuldade de engravidar naturalmente, especialmente em casos de infertilidade leve. Considerado um procedimento de baixa complexidade, esta recomendação ocorre após avaliação médica especializada do casal, a fim de identificar fatores favoráveis ou desfavoráveis para realização da técnica.
O processo envolve algumas etapas-chave. Primeiro, a mulher passa por uma estimulação ovariana com hormônios para aumentar a produção de óvulos no ciclo menstrual. Em seguida, a ovulação é monitorada por ultrassonografia e induzida no momento ideal.
Enquanto isso, o sêmen do parceiro (ou de um doador) é coletado e preparado em laboratório, selecionando os espermatozoides com melhor mobilidade. Esses espermatozoides são então inseridos diretamente no útero da mulher por meio de um cateter, aumentando as chances de encontro com o óvulo e, consequentemente, de fecundação.
Diferente da fertilização in vitro (FIV), onde a fecundação acontece em laboratório, na inseminação artificial o processo ocorre naturalmente dentro do corpo da mulher. Após o procedimento, é necessário aguardar alguns dias para a realização do teste de gravidez. Em caso de resultado positivo, novos exames são solicitados para confirmar e acompanhar a gestação.
Quem pode fazer inseminação intrauterina (IIU) | Huntington
Importância da qualidade do sêmen na inseminação artificial
A qualidade do sêmen tem um papel fundamental na inseminação artificial. Isso porque ela está diretamente ligada às chances de uma gravidez dar certo. Quando o sêmen é saudável, ele contém espermatozoides com boa forma, movimentação e quantidade, características que aumentam as chances de que um deles consiga fertilizar o óvulo.
Por outro lado, quando o sêmen tem baixa qualidade, as chances de fertilização diminuem, o que pode dificultar a gravidez. Segundo estudos recentes, diversos fatores podem influenciar e contribuir para melhora ou piora da saúde dos espermatozoides.
- Alimentação: uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, vitaminas (como C e E) e minerais (como o zinco), ajuda a melhorar a saúde dos espermatozoides.
- Atividade física: praticar exercícios regularmente pode ajudar a equilibrar os hormônios e manter o corpo saudável, o que favorece a produção seminal.
- Exposição a substâncias tóxicas: evitar o contato com produtos químicos como pesticidas ou metais pesados, comuns em ambientes poluídos, pode proteger a saúde reprodutiva.
- Estresse: altos níveis de estresse podem atrapalhar o equilíbrio hormonal. Por isso, atividades que ajudam na saúde mental, como meditação e atividades de lazer, podem ajudar na melhora da qualidade do espermatozoide
Dessa forma, para cuidar da saúde reprodutiva masculina a mudança de alguns hábitos pode fazer a diferença.
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Referências
SALLES, Silvana. Espermatozoide tem função mais importante na evolução do que se sabia. Jornal da USP, 25 jun. 2024. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/espermatozoide-tem-funcao-mais-importante-na-evolucao-do-que-se-sabia/. Acesso em: 23 jun. 2025.
VARELLA, Drauzio. A estratégia dos espermatozoides. Drauzio Varella, [s. d.]. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/a-estrategia-dos-espermatozoides-artigo/. Acesso em: 23 jun. 2025.
ZAFAR, M. I.; LU, S.; LI, H. Interação espermatozoide-oócito: uma visão geral do papel do espermatozoide na ativação do oócito e perspectivas atuais em diagnóstico e tratamento de fertilidade. Cell Bioscience, v. 11, n. 4, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s13578-020-00520-1. Acesso em: 23 jun. 2025.
Imagem: Revista Cria ed. 02.