Qual a melhor idade para ter um filho?
Casal jovem e sorridente se abraçando na cozinha, refletindo sobre qual a melhor idade para ter um filho e o planejamento familiar.

Qual a melhor idade para ter um filho? Dicas essenciais de planejamento familiar

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Saber qual a melhor idade para ter um filho é uma dúvida que acompanha muitas pessoas e casais em sua jornada de vida. Essa é uma decisão profundamente pessoal, que vai muito além da biologia, envolvendo estabilidade emocional, financeira e projetos de vida.

Entendemos que por trás dessa pergunta existe um sonho, por isso, nosso objetivo é oferecer informação clara e acolhedora para que você possa fazer suas escolhas com mais segurança e tranquilidade.

Conforme explica a Dra. Dayana Couto, especialista em reprodução assistida, “a grande questão nos últimos anos é que planejamento familiar também significa planejar a melhor possibilidade de gravidez, na idade em que a paciente deseja engravidar. Não é apenas sobre evitar uma gestação indesejada. E esse olhar já deveria fazer parte da abordagem de planejamento familiar nas consultas ginecológicas de rotina.”

Qual é a melhor idade para engravidar biologicamente?

Do ponto de vista biológico, a fertilidade feminina atinge seu pico entre os 20 e os 30 anos. Nesse período, a mulher possui uma maior quantidade de óvulos de alta qualidade, o que aumenta as chances de uma concepção natural e diminui os riscos de complicações genéticas para o bebê e para a gestante.

Para as mulheres, a faixa etária entre 25 e 35 anos é frequentemente apontada como ideal para ter o primeiro filho. Nesse período, é possível conciliar o desenvolvimento pessoal e profissional com a capacidade reprodutiva, buscando um equilíbrio importante na vida.

O que acontece com a fertilidade feminina ao longo do tempo?

A capacidade reprodutiva da mulher está diretamente ligada à sua reserva ovariana, ou seja, à quantidade e à qualidade dos óvulos. No entanto, essa reserva diminui naturalmente com o passar dos anos.

  • Até os 30 anos: fase de máxima fertilidade, com óvulos de melhor qualidade e menor incidência de alterações cromossômicas;
  • Após os 35 anos: a queda da fertilidade se torna mais acentuada. Em resumo, a qualidade e a quantidade dos óvulos diminuem de forma mais rápida, o que pode aumentar o tempo para conseguir engravidar e os riscos na gestação;
  • Após os 40 anos: as chances de uma gravidez natural são significativamente menores. Os riscos de aborto espontâneo e de anomalias cromossômicas no feto, como a Síndrome de Down, são mais elevados.

Contudo, é importante lembrar que esses são dados estatísticos. Muitas mulheres engravidam de forma saudável após os 35 anos, mas o acompanhamento médico se torna ainda mais essencial.

Nesse contexto, é relevante observar que a idade em que as mulheres decidem ter seu primeiro filho tem apresentado um aumento constante. Essa é uma tendência importante que molda os padrões de fertilidade atuais e reflete as mudanças sociais e pessoais na decisão de engravidar.

Assista ao vídeo para entender a idade ideal para engravidar e se planejar com segurança:

Qual a idade ideal para engravidar? | Huntington

E qual a melhor idade para o homem ter filhos?

A fertilidade masculina também é influenciada pela idade, embora o declínio seja mais gradual do que na mulher. A partir dos 40 anos, pode haver uma redução na qualidade do sêmen, afetando a motilidade (capacidade de movimento) e a morfologia (formato) dos espermatozoides.

Estudos recentes indicam que a fertilidade masculina, embora diferente da feminina, também apresenta riscos crescentes de infertilidade a partir dos 40 anos. Isso reforça a importância de considerar a idade do homem no planejamento familiar, pois a qualidade do sêmen pode ser gradualmente comprometida.

Quais são os fatores a considerar além da biologia?

A resposta da pergunta “qual a melhor idade para ter um filho?” é uma equação que equilibra o relógio biológico com outros aspectos fundamentais da vida. Cada pessoa e família tem seu próprio tempo e suas prioridades.

As motivações para ter filhos também evoluem com a idade. Por exemplo, indivíduos mais velhos, dentro da faixa de 18 a 35 anos, tendem a priorizar o crescimento pessoal proporcionado pela parentalidade e o desejo de perpetuar a família. Essa perspectiva mais madura se integra ao processo de decisão.

  • Estabilidade emocional e do relacionamento: ter um ambiente seguro e um relacionamento sólido pode oferecer o suporte necessário para os desafios da parentalidade;
  • Planejamento financeiro: a chegada de um filho implica em novos custos. Sendo assim, ter uma organização financeira ajuda a garantir mais tranquilidade para a família;
  • Carreira e objetivos pessoais: é fundamental que os pais sintam-se realizados em outras áreas da vida, alinhando a chegada de um filho aos seus projetos profissionais e pessoais;
  • Rede de apoio: contar com o suporte de familiares e amigos é um fator importante para o bem-estar dos pais e da criança.

Como a medicina reprodutiva pode ajudar no planejamento familiar?

A tecnologia e os avanços na medicina reprodutiva oferecem alternativas para quem deseja planejar a maternidade ou paternidade com mais flexibilidade e segurança.

Preservação da fertilidade: uma opção para o futuro

O congelamento de óvulos é uma opção cada vez mais procurada por mulheres que desejam postergar a gravidez por motivos pessoais, profissionais ou de saúde. Em resumo, a técnica permite preservar os óvulos com a qualidade da idade em que foram coletados, aumentando as chances de uma gravidez futura por meio da Fertilização In Vitro (FIV).

“Embora as pacientes possam congelar óvulos a qualquer idade, até os 35 anos sabemos que a qualidade, em teoria, ainda é muito boa e, portanto, é uma faixa etária em que o tratamento costuma funcionar muito bem. Quanto maior o número de óvulos, maior a chance de dar certo depois. E quanto menor a idade, melhor é a qualidade dos óvulos”, explica a Dra. Dayana Couto.

Tratamentos de reprodução assistida

Para casais que encontram dificuldades para engravidar, independentemente da idade, existem tratamentos de reprodução assistida.

A Fertilização In Vitro (FIV) e a Inseminação Artificial (IA) são algumas das técnicas que podem auxiliar na realização do sonho de ter um filho, sempre com avaliação e indicação médica individualizada.

Como se preparar para uma gestação saudável em qualquer idade?

Independentemente da sua idade, um bom planejamento é o primeiro passo para uma gravidez saudável. Portanto, algumas atitudes são fundamentais para preparar o corpo e a mente:

  1. Realize uma consulta pré-concepcional: converse com um especialista para avaliar sua saúde geral, verificar vacinas e iniciar o uso de ácido fólico;
  2. Adote um estilo de vida saudável: mantenha uma alimentação balanceada, pratique atividades físicas regularmente e evite o consumo de álcool e cigarro;
  3. Controle doenças crônicas: condições como diabetes e hipertensão devem estar bem controladas antes de engravidar, com acompanhamento médico rigoroso;
  4. Cuide da sua saúde mental: o bem-estar emocional é tão importante quanto a saúde física durante o período de tentativas e a gestação.

Qual o próximo passo para o seu planejamento familiar?

Por fim, não existe uma resposta única para “qual a melhor idade para ter um filho”. A decisão ideal é aquela que faz sentido para a sua realidade, seus desejos e suas possibilidades.

No entanto, o passo mais importante é a informação de qualidade e o apoio de especialistas que possam guiar você em cada etapa.

Na Huntington, estamos aqui para acolher sua história e oferecer um atendimento humano e personalizado, baseado em excelência médica. Portanto, se você tem dúvidas sobre fertilidade e planejamento familiar, agende uma conversa com nossos especialistas.

Juntos, podemos encontrar os melhores caminhos para fazer dos seus sonhos a sua vida!

REFERÊNCIAS

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JEJAW, M. et al. Prevalence and determinants of early adolescent childbearing in high maternal mortality Sub-Saharan Africa: a multilevel analysis of DHS data. Journal of Epidemiology and Global Health, abr. 2025. DOI: https://doi.org/10.1007/s44197-025-00409-7.

LAZZARI, E.; COMPANS, M. C.; BEAUJOUAN, E. Change in the perceived reproductive age window and delayed fertility in Europe. Population Studies, 2023. DOI: https://doi.org/10.1080/00324728.2023.2298678.

TARTAKOVSKY, E.; MIZRAHI, M. What do we need kids for? Childbearing motivations, personal values, and socio-demographic differences. Frontiers for Psychology, 3 set. 2025. DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyg.2025.1612384.

THOMEER, M. B. et al. Women’s childbearing histories and their alcohol use at midlife. Journal of women & aging, out. 2023. DOI: https://doi.org/10.1080/08952841.2023.2266961.

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