A produção independente foi um grande avanço para a reprodução humana, um procedimento que permite que mulheres realizem o sonho de serem mães sem estar conjugalmente ligada a um homem.
A revolução não foi apenas no âmbito científico, mas também social, no que diz respeito à autonomia da mulher, que agora pode formar a sua família de maneira independente, no momento que considerar mais adequado e sem a necessidade de ter um relacionamento.
Para colocar em prática a produção independente, é necessário muita reflexão e conhecimento a respeito do assunto para se inteirar de todas as informações importantes para o processo.
Para ajudar nessa busca, vamos sintetizar 4 informações importantes que você precisa saber sobre produção independente.
Boa leitura!
O que é produção independente e para quem é indicada?
A produção independente é uma forma de tratamento da medicina reprodutiva que permite às mulheres terem filhos sem a participação da figura paterna ao longo da criação, ou concepção. Para tal, utilizam-se espermatozoides de um banco de doação.
A adesão à prática vem aumentando bastante e a prova disso é que a importação de esperma cresceu vertiginosamente no Brasil.
De acordo com o Relatório de Dados de Importação de Células e Tecidos Germinativos Para Uso Em Reprodução Humana, produzido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2017 houve 97% de aumento da importação de sêmen dos Estados Unidos, em comparação ao ano anterior.
Crescimento incrível, não?
Além do aumento da procura por doadores de sêmen de bancos internacionais também há essa mesma tendência para a procura por bancos nacionais.
Qual a relação da produção independente com o empoderamento feminino?
A antiga visão da estrutura familiar traz a ideia de que uma casa é composta por homem, mulher e filhos. Por outro lado, a sociedade está mudando e o conceito de família plural está sendo bem debatido atualmente.
A produção independente traz para a mulher a autonomia de poder formar a sua família sem a participação masculina, o que é muito importante, pois valida o fato de que ela não depende de um homem para ter a plena realização de seus projetos de vida.
Gostou da ideia? Veja, agora, como o procedimento é feito!
Passo a passo para a produção independente
Compreender como é o processo de produção independente é fundamental para quem quer seguir por este caminho.
Vamos ver com detalhes como ele é feito!
1º Passo: avaliação do potencial reprodutivo da mulher
Inicialmente, um especialista em reprodução humana avaliará o potencial reprodutivo da mulher.
Serão realizados alguns exames, dentre eles a dosagem de hormônio antimulleriano (um hormônio que marca quantitativamente a reserva ovariana), exames de ultrassonografia para contar os folículos ovarianos e verificar a anatomia uterina e exame de histerossalpingografia para verificar a anatomia e funcionamento das trompas uterinas.
2º Passo: definir a estratégia
Com os resultados dos exames em mãos, o médico conseguirá definir qual estratégia será utilizada. Atualmente, existem duas opções: fertilização in vitro (FIV) e inseminação artificial.
Neste momento, o especialista já consegue informar as taxas de sucesso de cada um destes tipos de tratamento.
3º Passo: adquirir amostra do sêmen do doador
Existem duas opções no que diz respeito à escolha do banco de sêmen.
Pode-se optar pelo banco de sêmen nacional ou internacional. Os custos de aquisição e qualidade de ambos são semelhantes, mas existem algumas peculiaridades:
Banco de sêmen nacional
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Período de espera de 1 a 7 dias;
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Anonimato obrigatório;
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Como a doação no Brasil é voluntária, o banco de sêmen nacional é mais limitado no que se diz respeito às opções de doadores;
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Não é permitido verificar fotos do doador;
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A respeito do doador, são passadas informações como cor de cabelo, cor dos olhos, da pele, peso, altura e algumas informações pessoais, como hobby, religião etc;
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O doador nunca poderá ser identificado.
Banco de sêmen internacional
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Tempo de espera varia de 1 a 3 meses;
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As normas regulatórias para a doação de sêmen podem variar de acordo com o país mas em grande parte deles o anonimato não é obrigatório;
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Nos Estados Unidos, local mais comum de importação de sêmen, os doadores são pagos para fornecer amostra, portanto há maior variedade de opções em relação às características físicas dos doadores;
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Pode ser permitido visualizar fotos atuais e de infância do doador;
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Além das informações básicas, também podem ser informadas preferências de lazer, aptidões profissionais e também pode ser possível ouvir a voz do doador;
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O filho biológico pode requerer a identificação do doador após completar 18 anos.
A partir daqui, a produção independente pode seguir dois caminhos: FIV ou inseminação artificial. Vamos conhecê-los?
Fertilização in vitro (FIV)
Esta técnica existe há cerca de 40 anos e vem sendo amplamente aprimorada ao longo dos anos.
Neste procedimento, o óvulo é fertilizado pelo espermatozóide em um laboratório e posteriormente o embrião formado é transferido para o útero.
Pelo fato do embrião já formado ser diretamente implantado no útero, essa técnica tem o dobro de chances de sucesso por tentativa quando comparada com a inseminação artificial.
Inseminação artificial
A inseminação artificial consiste em selecionar espermatozoides móveis e injetá-los na cavidade uterina durante o período fértil da mulher, ou seja, na data da ovulação. A partir daí, a fertilização do óvulo ocorre naturalmente dentro das trompas uterinas.
Para maior sucesso do procedimento, a mulher pode passar por um processo de estimulação ovariana controlada, que promove o crescimento de mais folículos ovarianos.
Conclusão
Agora que você já está bem informada a respeito da produção independente, provavelmente está mais preparada para tomar a sua decisão.
Tão importante quanto escolher o tipo de procedimento e o banco de sêmen é procurar por uma excelente clínica de reprodução assistida que irá esclarecer todas as suas dúvidas e lhe ajudar a seguir o caminho da maternidade independente.
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