Atividade física e os tratamentos para fertilidade

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    Um questionamento muito comum das pacientes que fazem tratamentos para engravidar é sobre a questão da atividade física. Pode ser feita? Qual a intensidade? Prejudica ou não e por quê?

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    Para quem já faz atividade física não há necessidade de se parar totalmente de praticar. O indicado é manter a rotina habitual na primeira semana de tratamento e após este período evitar atividades de impacto como corrida, aulas de step e jump fit e lutas marciais. O repouso absoluto só é indicado para o dia da coleta de óvulos e para o dia da transferência de embriões.  Após colocarmos os embriões no útero qualquer atividade física deve ser interrompida, porém sem a necessidade de repouso absoluto. Para mulheres que não praticam atividade física alguma este não é um bom momento para iniciar visto que em curto período de tempo terão que interrompê-la.

    Para a gravidez em si a atividade física não causa malefício algum, muito pelo contrário, pois leva ao bem estar físico e mental da mãe melhorando a circulação uterina, pressão arterial e metabolismo. Então porque destas restrições?

    O problema é a indução da ovulação. Durante os tratamentos de reprodução assistida usamos hormônios para que a mulher ovule de mais de um óvulo. Com isto os ovários aumentam de tamanho, incham, e podem até triplicar seu volume. Desta forma eles ficam mais susceptíveis a torcerem sobre o seu eixo causando a interrupção do fluxo sanguíneo para os óvulos e sua morte. Apesar de um acontecimento raro, a torção ovariana pode inclusive levar a necessidade de cirurgia para reverter a torção e quando  não há sucesso neste procedimento pode haver necessidade se retirar o ovário.  A chance de um ovário torcer é proporcional ao seu tamanho, quanto maior, maiores são as chances, e é por isso que ao final do tratamento os exercícios devem ser mais restritos, pois é o período de maior inchaço.

    Também após a implantação dos embriões e na gestação inicial a atividade física intensa e de impacto pode levar ao aumento da contratilidade uterina e prejuízo ao desenvolvimento da gravidez. Porém, após este período de 3 meses quando a gravidez já está estabelecida a atividade física moderada é muito bem vinda e diminui riscos como diabetes gestacional, pre-eclampsia e varizes.

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    Dra. Claudia Gomes Padilla, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington.

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