Endometriose tem cura? Saiba como melhorar a qualidade de vida
Mulher com as mãos sobre o abdômen, em um gesto de cuidado ou alívio, ilustrando a busca por conforto e respostas sobre se a endometriose tem cura.

Endometriose tem cura? Descubra como melhorar a qualidade de vida

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Sempre carregada de incertezas e esperanças, a pergunta se a endometriose tem cura é uma das primeiras que surgem após o diagnóstico.

A endometriose é uma condição crônica que afeta milhões de mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo. Ela ocorre quando um tecido semelhante ao endométrio, que reveste o interior do útero, cresce fora da cavidade uterina.

Embora seja um desafio, é fundamental entender que existem caminhos eficazes para controlar os sintomas, preservar a fertilidade e, acima de tudo, garantir sua qualidade de vida.

Afinal, a endometriose tem cura?

De forma direta, a endometriose ainda não tem uma cura definitiva conhecida pela medicina. Por ser uma doença crônica e muitas vezes progressiva, o foco do tratamento é controlar a evolução da doença, aliviar os sintomas e tratar as suas consequências, como a infertilidade. O objetivo é proporcionar uma vida plena e com o mínimo de desconforto.

Conforme as diretrizes médicas, a endometriose é uma condição crônica. Isso significa que, embora não tenha uma cura definitiva, seus sintomas e desafios, como dor e infertilidade, podem ser efetivamente gerenciados. Tratamentos como cirurgia ou reprodução assistida visam melhorar significativamente a qualidade de vida.

Estudos mostram que, mesmo após intervenções cirúrgicas, os sintomas e a doença podem retornar em até metade dos casos dentro de um período de cinco anos. Por isso, o acompanhamento contínuo é fundamental.

Além disso, é importante lembrar que “não ter cura” não significa “não ter tratamento”. Pelo contrário, os avanços na medicina permitem que a maioria das mulheres com endometriose tenha um controle eficaz da condição, recuperando o bem-estar e viabilizando planos de gravidez com o acompanhamento correto.

O que é endometriose e quais são os seus principais sintomas?

A endometriose se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora do útero, como nos ovários, trompas, intestino e bexiga. Esse tecido ectópico (fora do lugar) responde aos estímulos hormonais do ciclo menstrual, o que causa inflamação, sangramento e dor crônica na região pélvica.

Os sintomas podem variar muito de mulher para mulher, mas os mais comuns incluem:

  • Cólicas menstruais intensas: muitas vezes incapacitantes e que não melhoram com analgésicos comuns.
  • Dor pélvica crônica: dor que pode ocorrer mesmo fora do período menstrual.
  • Dor durante as relações sexuais: conhecida como dispareunia de profundidade.
  • Alterações intestinais e urinárias: dor para evacuar ou urinar, especialmente durante a menstruação.
  • Infertilidade: a dificuldade para engravidar é um sintoma comum, presente em cerca de 30% a 50% dos casos.

Como é feito o diagnóstico da endometriose?

O diagnóstico da endometriose começa com uma conversa detalhada sobre seu histórico de saúde e sintomas. O exame físico ginecológico pode levantar suspeitas, mas exames de imagem são essenciais para um diagnóstico mais preciso. A ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética da pelve são os métodos mais utilizados.

Em alguns casos, a videolaparoscopia, um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, pode ser indicada tanto para confirmar o diagnóstico visualmente quanto para tratar as lesões encontradas.

Saiba mais sobre a endometriose no vídeo a seguir:

Bate-Papo Endometriose | Huntington

Quais são as opções de tratamento disponíveis?

O tratamento da endometriose é sempre individualizado, considerando a idade da paciente, a intensidade dos sintomas, a extensão da doença e, principalmente, o desejo de engravidar.

De modo geral, as abordagens são divididas em duas categorias principais:

Tratamentos medicamentosos

O tratamento clínico visa controlar a dor e impedir a progressão da doença. Geralmente, envolve o uso de medicamentos hormonais, como pílulas anticoncepcionais contínuas ou outros bloqueadores hormonais. O objetivo é suspender a menstruação para que o tecido endometrial ectópico não seja estimulado, reduzindo a inflamação e a dor.

É fundamental ressaltar que os tratamentos medicamentosos atualmente aprovados para a endometriose não curam a doença em si. Além disso, alguns deles podem ter o efeito de diminuir a fertilidade. Por essa razão, eles não são geralmente recomendados para mulheres que estão ativamente buscando engravidar.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia, realizada por videolaparoscopia, é indicada para remover os focos de endometriose. O procedimento é recomendado quando os sintomas são graves, não respondem ao tratamento clínico ou quando há lesões que comprometem a função de órgãos como ovários, intestino ou bexiga.

A cirurgia também pode ajudar a restaurar a anatomia pélvica, melhorando as chances de uma gravidez natural.

A endometriose impacta a fertilidade?

Sim, a endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina. O processo inflamatório crônico pode criar um ambiente hostil para os espermatozoides e para a implantação do embrião.

Além disso, a doença pode causar aderências que distorcem a anatomia das trompas e dos ovários, dificultando ou impedindo a fecundação.

No entanto, é fundamental saber que o diagnóstico de endometriose não é uma sentença de infertilidade. Muitas mulheres com a condição conseguem engravidar, seja de forma espontânea após o tratamento ou com o auxílio de técnicas de reprodução assistida.

Como a reprodução assistida pode ajudar quem tem endometriose a engravidar?

Para mulheres com endometriose que desejam engravidar e encontram dificuldades, a reprodução assistida é um caminho de esperança e com altas taxas de sucesso. Geralmente, a Fertilização In Vitro (FIV) é o tratamento mais indicado.

Nesse caso, a fecundação ocorre em laboratório, contornando os obstáculos que a endometriose pode impor, como trompas obstruídas ou um ambiente pélvico inflamado.

Dessa forma, a técnica permite que o sonho da maternidade seja realizado, mesmo com os desafios impostos pela condição. Um planejamento cuidadoso e o acompanhamento de uma equipe especializada em fertilidade são essenciais para definir a melhor estratégia.

Além disso, a ciência continua avançando no entendimento da endometriose e da infertilidade associada. Pesquisas recentes indicam que a suplementação com BMP2 (proteína morfogenética óssea 2) mostra potencial para melhorar a capacidade de engravidar em mulheres com endometriose. Isso ocorre ao corrigir falhas importantes na preparação do útero para a gravidez, oferecendo uma nova esperança para o futuro.

É possível ter qualidade de vida com endometriose?

Viver bem com endometriose é um objetivo totalmente alcançável. O segredo está em um diagnóstico preciso, um plano de tratamento multidisciplinar e um acompanhamento médico contínuo. Controlar os sintomas permite que você retome suas atividades diárias, tenha relacionamentos saudáveis e faça planos para o futuro.

O passo mais importante é buscar ajuda de um especialista assim que perceber os primeiros sintomas. Um profissional experiente poderá guiar você pelas melhores opções de tratamento, sempre respeitando seus desejos e seu corpo.

Na Huntington, estamos prontos para acolher sua história e ajudar a transformar seus sonhos em vida. Agende uma consulta e vamos construir esse caminho juntos!

REFERÊNCIAS

BECKER, C. M. et al. ESHRE guideline: endometriosis. Human Reproduction Open, fev. 2022. DOI: https://doi.org/10.1093/hropen/hoac009.

BONAVINA, G.; TAYLOR, H. S. Endometriosis-associated infertility: from pathophysiology to tailored treatment. Frontiers in Endocrinology, out. 2022. DOI: https://doi.org/10.3389/fendo.2022.1020827.

GIUDICE, L. C. et al. Endometriosis in the era of precision medicine and impact on sexual and reproductive health across the lifespan and in diverse populations. The FASEB Journal, [s. l.], Aug. 2023. DOI: https://doi.org/10.1096/fj.202300907. Disponível em: https://doi.org/10.1096/fj.202300907. Acesso em: 14 maio 2024.

LIAO, Z. et al. Impaired bone morphogenetic protein (BMP) signaling pathways disrupt decidualization in endometriosis. Communications Biology, Fev. 2024. DOI: https://doi.org/10.1038/s42003-024-05898-z.

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