Fertilidade: também é importante cuidar do seu emocional!

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    Quando se decide engravidar, a gente já faz planos e cálculos, achando que logo nos primeiros meses já vamos conseguir. Claro, que muitas mulheres conseguem, mas para muitas outras isso não acontece tão facilmente.

    Os meses vão passando e a ansiedade vai aumentando, a gente vai ao médico, faz exames, toma ácido fólico, está tudo aparentemente certinho, mas porque a gravidez não vem? Olho para o lado e só vejo mulheres grávidas, notícias de amigas, familiares e conhecidas que mal tentaram, ou nem queriam, e ‘pum’, já estão com seus positivos, e porque não eu?

    Pois é, se você se identificou com isso, vale a pena começar a ter atenção aos fatores emocionais, que envolvem essa fase de tentativas.

    Quando se perceber que realizar o sonho de ser mãe ou pai, não vai ser tão fácil como planejamos, muitos sentimentos começam a pairar a nossa volta. Quando falo nossa, me refiro ao casal, e não só a mulher que sente e se envolve, ou pelo menos, não deveria ser. Dentre esses muitos sentimentos estão a ansiedade, a decepção, a angústia, a sensação de impotência incapacidade, o desânimo. Enfim, sentimentos que nos abalam e nos atingem, numa fase que nos sentimos cada vez mais sensíveis. Na maioria das vezes, só aí percebe-se que cuidar do lado emocional também é importante para a fertilidade.

    A ansiedade, a meu ver, é a maior vilã nessa fase. É ela que nos coloca alertas a cada sensação do corpo, nos faz imaginar, ao menor sinal, que já estamos grávidas, que toda e qualquer sensação pode ser um sintoma. É, essa vilã, que pode até causar alterações hormonais, que dificultam ainda mais uma gravidez e podem nos fazer correr para fazer um teste de gravidez mesmo antes do atraso.

    Como “tentante” o que você já deve ter ouvido falar é: “relaxa que logo vocês conseguem” ou “quando a fulana desistiu e relaxou, engravidou”. Gente, como isso fere uma tentante. Por melhor que seja a intenção desta pessoa, nunca deveria se falar isso a uma mulher que não está conseguindo engravidar. Pois, infelizmente, não é assim, “desligar um botão” e pronto!

    Mas então o que eu faço? Amiga, o que eu posso dizer é, TENTE relaxar, não deixe a ansiedade dominar você e virar sua conselheira. Como? Pois é, uma resposta muito difícil de responder, mas algumas dicas que eu dou por experiência própria:

    Procure atividades que te façam bem! Um exercício físico, passeios, viagens, escutar uma boa música, dançar, conversar com um(a) amigo(a), escrever, ler. Enfim, alguma coisa que te faça esvaziar a mente, te ajude a relaxar, mesmo que por alguns momentos. Isso vai ajudar a aliviar a tensão, vai te deixar mais leve e disposta, mais energizada.

    Não faça da gravidez seu assunto principal! Nessa fase, só falar disso e contar para todo mundo, pode potencializar ainda mais sua ansiedade, além de criar uma pressão em torno disso, pois as pessoas, mesmo com boas intenções, vão começar a perguntar “e aí, novidades?”, “será que não tá demorando?”, “e esse bebê, vem ou não vem?”.

    Não faça do seu período fértil um regime militar! Chega um ponto que a gente já não está mais namorando por vontade e sim porque “é o dia”, “tem que ser hoje”, “não podemos perder a chance”, “amor, a temperatura subiu, corre!” Imagina, a gente cuida de tudo, conta dia a dia o ciclo, mede temperatura, faz teste de ovulação, não tem como não ficar controlando tudo. Mas se você parar para pensar, na hora H, muitas vezes a gente não consegue esquecer esse assunto, o que é ainda pior  para o homem. Então, por mais controles de ovulação que você faça, tente ter relações por prazer, por vontade, tente curtir o momento, por mais difícil que isso se torne. Não perca tempo só controlando os dias certo, mas também pensando o que fazer para que esses dias sejam prazerosos para vocês. Trate seu bebê com muito amor, desde a concepção.

    Não tenha medo de pedir ajuda! Não é uma fase fácil e, muitas vezes, a gente não consegue lidar com isso sem ajuda. Não falo só de ajuda médica, mas ajuda emocional e psicológica. Falar sobre isso ajuda muito e ter alguém que você confie para lhe ajudar e aconselhar é de grande valia. Faça terapia, tradicional ou não, faça acupuntura, massagem holística, tome florais, faça uma oração, procure o que lhe fará bem e lhe trará um apoio.

    Para concluir, só queria dizer que, é muito normal se sentir assim e não é por isso que você vai desistir! Respire fundo, renove suas energias e siga em frente, daqui algum tempo você vai olhar para trás e terá certeza que todo o esforço valeu a pena.

    Alê Nunes, mãe e blogueira

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