FIV: o que é a Mini FIV

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    Você já ouviu falar em mini FIV? O método é semelhante à fertilização in vitro convencional, mas se diferencia em alguns pontos que, aliás, a tornam economicamente mais viável!

    Este tema te interessa?

    Continue a leitura e saiba no que consiste o procedimento, pra quem é indicado e qual é a diferença para o tratamento tradicional.

    O que é a mini FIV?

    Desenvolvida recentemente pelo médico japonês Osamu Kato, a mini FIV é uma versão simplificada da fertilização in vitro convencional. O método consiste, basicamente, na diminuição da dosagem hormonal na etapa de estimulação ovariana.

    Denomina-se mínimo estímulo ovariano (MEO) o procedimento com menores doses de gonadotrofinas, ou seja, os hormônios que atuam na indução da ovulação.

    O objetivo dessa técnica de menor intensidade é produzir menos óvulos por ciclo, porém, com qualidade superior. Dessa forma, o tratamento visa aproximar-se do processo natural do organismo feminino, que, teoricamente, seleciona o melhor óvulo para ser liberado e fecundado.

    A nova estratégia baseia-se na noção de que são necessários somente dois a três óvulos para desenvolver embriões de boa qualidade. Sendo assim, as chances de sucesso desse método mais atual não ficam distantes do convencional.

    Quais são as vantagens e desvantagens da mini FIV?

    Em comparação com o procedimento clássico, a fertilização in vitro simplificada gera menos efeitos colaterais na mulher devido à menor intensidade das medicações indutoras. A paciente sente menos efeitos adversos, tais como retenção de líquidos, inchaço abdominal e aumento de peso.

    Por outro lado, uma desvantagem da mini FIV é a possibilidade de falhas na transferência embrionária. Afinal, pode ser que o desenvolvimento do único embrião gerado não seja apropriado para o sucesso da implantação e sua fixação no endométrio.

    Quando a mini FIV é uma opção e pode ser realizada?

    Considerando que o foco é na qualidade dos gametas produzidos e não na quantidade, o tratamento é indicado para pacientes acima de 35 anos.

    Isso porque a reserva ovariana entra em declínio acentuado a partir dessa idade. Ou seja, a mulher já não apresenta tantos óvulos propícios à fecundação e há risco de gerar um embrião com alterações cromossômicas.

    Nesse mesmo sentido, a estratégia vale para mulheres com menos de 35 anos que apresentam baixa reserva ovariana, desde que não tenham nenhuma doença associada.

    O novo método também é a opção ideal para pacientes que não desejam ter embriões excedentes, pois estes necessitam de congelamento, aumentando as despesas. E as pessoas que procuram por menores custos em seu tratamento de reprodução assistida também se beneficiam da mini FIV.

    Quais são os passos da mini FIV? Algo muda em relação ao tratamento tradicional?

    A grande diferença em relação à fertilização tradicional é, de fato, a dosagem das medicações hormonais

    Enquanto no processo clássico são administradas altas doses por meio de injeções, no MEO, a aplicação de medicamentos tem menor intensidade. Inclusive, há possibilidade do estímulo dos ovários ocorrer por via subcutânea combinada ao uso de comprimidos.

    Depois dessa fase, o tratamento segue normalmente, com os mesmos estágios da técnica convencional: união dos gametas em laboratório, desenvolvimento e transferência de embriões.

    Existem dois protocolos que podem ser adotados na mini FIV, veja a seguir:

    Protocolo com citrato de clomifeno

    Utiliza-se o clomifeno a partir do 3º dia do ciclo menstrual da paciente para induzir a ovulação. No 8º, 10º e 12º dias, são acrescentados medicamentos FSH-LH (hormônio folículo estimulante e hormônio luteinizante, respectivamente).

    O citrato de clomifeno já desempenha a função de inibir a produção precoce de progesterona, dispensando o uso de antagonistas. Para concluir a maturação dos óvulos, pode-se aplicar hCG ou agonista de GnRH para liberar gonadotrofinas.

    É importante ressaltar que o clomifeno compromete a receptividade do endométrio e dificulta a implantação do embrião. Por isso, é adequado transferir o embrião para o útero no ciclo seguinte.

    Protocolo inibidor de aromatase

    Nesse protocolo, é usado um medicamento inibidor chamado letrozole a partir do 3º dia do ciclo, durante 5 dias. Igualmente à prática anterior, medicações FSH-LH são adicionadas no 8º, 10º e 12º dias.

    A transferência embrionária pode ocorrer no mesmo ciclo, uma vez que não há o mesmo efeito colateral do clomifeno. Porém, há necessidade de utilizar antagonista de GnRH para impedir a ovulação precoce.

    Resumindo, a mini FIV surge como mais uma entre as diversas alternativas de reprodução assistida, sendo uma evolução da fertilização in vitro que já é bastante conhecida e cientificamente avançada. Ela se destaca por ser mais acessível e causar menos desconfortos, o que é um benefício para as pacientes.

    Conseguimos tirar as suas dúvidas sobre esse tipo de fertilização?

    Aproveite agora e, se você ainda não conhece, entenda mais sobre o procedimento tradicional, conheça as etapas para realizar a FIV.

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