Qual a diferença entre Inseminação Artificial e Fertilização in Vitro?
Ilustração de fertilização in vitro (FIV) onde uma agulha injeta um espermatozoide diretamente em um óvulo, ajudando a entender qual a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro.

Qual a diferença entre inseminação artificial e Fertilização in Vitro?

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Entender qual a diferença entre inseminação artificial e Fertilização in Vitro (FIV) é um passo fundamental na jornada de quem sonha em construir uma família. Isso porque, embora ambos sejam tratamentos de reprodução assistida, eles funcionam de maneiras distintas e são indicados para situações diferentes.

Em resumo, a principal diferença entre eles está no local onde a fecundação, o encontro do espermatozoide com o óvulo, acontece: dentro do corpo da mulher ou em laboratório.

Neste artigo, você vai descobrir o que é e como cada um dos procedimentos funciona!

O que é a Inseminação Artificial (IA) e como ela funciona?

A Inseminação Artificial (IA), também chamada de Inseminação Intrauterina (IIU), é um tratamento de baixa complexidade. O objetivo é facilitar o encontro dos gametas, encurtando o caminho que os espermatozoides precisam percorrer até o óvulo.

Geralmente, o procedimento segue alguns passos simples:

  1. Estimulação ovariana: a mulher pode passar por uma leve estimulação hormonal para garantir a liberação de um ou mais óvulos no ciclo;
  2. Coleta e preparo do sêmen: a amostra de sêmen é coletada e processada em laboratório, onde os espermatozoides de melhor qualidade e motilidade são selecionados;
  3. Inseminação: no período fértil da mulher, o médico introduz os espermatozoides já preparados diretamente na cavidade uterina por meio de um cateter fino e flexível.

A partir desse ponto, a fecundação deve ocorrer de forma natural, dentro das trompas uterinas, e o embrião formado deve se implantar no útero para dar início à gestação.

Para quem a inseminação artificial é indicada?

Geralmente, recomenda-se a inseminação artificial para casos de infertilidade considerados em situações como:

  • Fator cervical: quando o muco cervical dificulta a passagem dos espermatozoides;
  • Alterações leves no sêmen: como uma pequena redução na concentração ou motilidade dos espermatozoides;
  • Infertilidade sem causa aparente (ISCA) em casais jovens;
  • Dificuldade para ter relações sexuais;
  • Casais homoafetivos femininos ou mulheres com desejo de gestação solo (com sêmen vindo de um banco regulamentado.

O que é a Fertilização in Vitro (fiv) e como ela acontece?

A Fertilização In Vitro (FIV) é um tratamento de alta complexidade, pois a fecundação ocorre em laboratório. Essa técnica permite um controle muito maior sobre todo o processo, desde a formação até a seleção dos embriões.

A FIV não é apenas um avanço científico, mas uma realidade que já transformou a vida de milhões de famílias globalmente. Desde a sua introdução em 1978, as tecnologias de reprodução assistida, como a FIV, já contribuíram para o nascimento de aproximadamente 8 milhões de crianças em todo o mundo, consolidando-se como uma esperança para casais que enfrentam a infertilidade.

Naturalmente, as etapas da FIV são mais elaboradas:

  1. Estimulação ovariana: a mulher recebe medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento de múltiplos folículos ovarianos, que contêm os óvulos;
  2. Punção folicular: os óvulos maduros são coletados diretamente dos ovários por meio de um procedimento guiado por ultrassom, realizado sob sedação;
  3. Fecundação em laboratório: no mesmo dia, os óvulos coletados são unidos aos espermatozoides em um ambiente controlado. A fecundação ocorre “in vitro”, ou seja, fora do corpo;
  4. Cultivo embrionário: os embriões formados são cultivados no laboratório por alguns dias, permitindo que os embriologistas monitorem seu desenvolvimento;
  5. Transferência embrionária: um ou mais embriões de boa qualidade são selecionados e transferidos para o útero da mulher, onde se espera que ocorra a implantação.

Para quem a FIV é recomendada?

Por ser um procedimento mais complexo, os especialistas indicam a FIV em diversos fatores de infertilidade, incluindo:

  • Obstrução ou ausência das trompas uterinas;
  • Fator masculino moderado ou grave, com alterações na morfologia, baixa contagem ou motilidade de espermatozoides;
  • Endometriose em estágios avançados;
  • Idade materna mais avançada;
  • Falhas em tratamentos anteriores, como a inseminação artificial;
  • Questões genéticas que exigem diagnóstico pré-implantacional (PGT).

Qual a diferença entre inseminação artificial e Fertilização in Vitro?

Compreender os pontos-chave que diferenciam a inseminação artificial da Fertilização in Vitro ajuda a esclarecer qual caminho pode ser mais adequado para cada história. Por isso, a seguir, detalhamos as diferenças fundamentais.

Local da fecundação

Essa é a diferença mais importante. Na inseminação artificial, a fecundação acontece naturalmente nas trompas. Na FIV, todo o processo de união do óvulo com o espermatozoide e formação do embrião acontece em um laboratório de alta tecnologia.

Complexidade e etapas do tratamento

A inseminação é um procedimento mais simples e menos invasivo. Já a FIV envolve mais etapas, como a coleta de óvulos e a manipulação de gametas e embriões em laboratório, sendo, portanto, um tratamento de maior complexidade.

Taxas de sucesso e indicações

As taxas de sucesso da FIV tendem a ser significativamente maiores por ciclo em comparação com a inseminação artificial. Isso se deve ao maior controle sobre o processo e à possibilidade de selecionar os melhores embriões para a transferência. Por essa razão, profissionais recomendam a FIV em casos mais desafiadores de infertilidade.

Assista ao vídeo abaixo para entender as diferenças cruciais entre inseminação artificial e FIV:

Diferença entre FIV e inseminação artificial | Huntington

Como saber qual é o tratamento ideal?

A resposta para essa pergunta é única para cada pessoa, casal ou família. Afinal, segundo o Dr. Rafael Lacordia, especialista em reprodução humana da Huntington, “a escolha entre inseminação artificial e Fertilização in Vitro não é uma decisão de preferência, mas sim uma recomendação médica baseada em um diagnóstico detalhado, baseado em histórico e condições de saúde atuais”.

Por isso, a avaliação por um especialista em reprodução humana é indispensável, pois ele irá considerar fatores como a idade da mulher, a reserva ovariana, a qualidade do sêmen e a saúde das trompas uterinas.

Apenas com uma investigação completa é possível definir o tratamento com as melhores chances de sucesso para realizar o seu sonho.

É seguro tentar uma inseminação caseira?

Embora a busca por alternativas possa ser compreensível, é fundamental alertar que a inseminação caseira não é segura e nenhuma sociedade médica recomenda.

Isso porque a ausência de acompanhamento profissional e de um ambiente estéril acarreta riscos graves, como infecções para a mulher e a ausência de preparo adequado do sêmen, que anula as chances de sucesso.

Tratamentos de reprodução assistida precisam ocorrer em clínicas especializadas, que seguem rigorosos protocolos de segurança e qualidade para proteger a saúde de todos os envolvidos e maximizar as possibilidades de uma gestação saudável.

O caminho para realizar seu sonho começa com informação e acolhimento

A jornada para a maternidade ou paternidade pode trazer muitas dúvidas, mas você não precisa percorrê-la sem apoio. Compreender a diferença entre os tratamentos disponíveis é o primeiro passo, mas a orientação de uma equipe dedicada é o que realmente fará a diferença.

Na Huntington, acreditamos que cada história é única e merece um cuidado individualizado, combinando excelência médica com o acolhimento humano que esse momento exige. Nossa missão é estar ao seu lado, oferecendo a segurança e a confiança necessárias para transformar seu sonho em vida.

Portanto, agende uma conversa com nossos especialistas e dê o primeiro passo!

REFERÊNCIAS

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