Teste de fertilidade feminina: veja os principais exames solicitados
Médica preenchendo formulário durante consulta para teste de fertilidade feminina, com a paciente sentada à frente.

Teste de fertilidade feminina: quais são os principais exames solicitados?

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O teste de fertilidade feminina é uma etapa fundamental para mulheres que sonham em engravidar e buscam respostas sobre sua saúde reprodutiva.

A jornada para a maternidade pode envolver muitas dúvidas e anseios, e compreender o funcionamento do próprio corpo é o primeiro e mais importante passo para trilhar um caminho com segurança e tranquilidade.

Diferente do que muitos pensam, não existe um único “teste”, mas sim uma investigação completa e individualizada. Esse processo ajuda a identificar fatores que podem estar dificultando uma gravidez e a direcionar os melhores caminhos para realizar o sonho de ter um filho. Saiba mais neste artigo!

O que é o teste de fertilidade feminina?

A investigação da fertilidade feminina consiste em uma série de avaliações e exames clínicos detalhados. Em resumo, o objetivo é analisar o sistema reprodutor da mulher, incluindo a função ovariana, a saúde do útero e das trompas, além do equilíbrio hormonal.

De acordo com a Dra. Michele Panzan, especialista em reprodução assistida, “a medicina oferece várias formas de avaliação da fertilidade, como exames de sangue, ultrassom, histerossalpingografia – que é um raio-x com contraste do útero e tubas uterinas, para avaliar se as tubas estão abertas -, histeroscopia e testes genéticos. São ferramentas que ajudam no diagnóstico.”

A avaliação do parceiro, através de um espermograma, também é de extrema importância, uma vez que 40% dos casos de infertilidade são de causas masculinas.

A infertilidade feminina pode ter diversas causas, como:

  • Problemas hormonais (idade materna avançada, problemas na tireoide, SOP, estresse intenso etc.);
  • Problemas anatômicos, que são os bloqueios nas tubas uterinas que podem ocorrer devido a infecções condições ginecológicas, como a endometriose;
  • Problemas uterinos, como os polipos e mioma;
  • Problemas genéticos;
  • Problemas imunológicos.

Sendo assim, compreender essas possíveis causas é o primeiro passo para o tratamento adequado.

Geralmente, essa avaliação é recomendada para casais que não conseguiram engravidar após 12 meses de tentativas sem o uso de métodos contraceptivos. Esse período pode ser reduzido para seis meses se a mulher tiver 35 anos ou mais, ou se houver histórico de alguma condição médica relevante.

Quais são os primeiros passos na avaliação da fertilidade?

O primeiro passo é sempre uma conversa detalhada com um médico especialista em reprodução humana. Nesta consulta inicial, chamada de anamnese, o profissional irá conhecer a sua história, seu ciclo menstrual, seu estilo de vida e quaisquer preocupações que você tenha.

O teste de fertilidade feminina inicial geralmente envolve o histórico médico geral , exame ginecológico, ultrassom e solicitação de exames de sangue e de imagem.

Fatores como a idade e a qualidade dos óvulos também são minuciosamente considerados nesse processo. Inclusive, a nutrição é um passo crucial para melhorar as chances de engravidar e é um tópico importante de discussão.

Essa escuta atenta é fundamental para entender seu contexto de forma individualizada e, com base nessas informações, o especialista poderá solicitar os exames mais adequados para o seu caso, iniciando uma investigação precisa e focada.

Quais são os principais exames hormonais solicitados?

As dosagens hormonais são essenciais para avaliar a comunicação entre o cérebro e os ovários, além de estimar a reserva ovariana. Elas são feitas a partir de uma simples coleta de sangue, geralmente em períodos específicos do ciclo menstrual.

Dosagens hormonais basais

Coletados entre o segundo e o quinto dia do ciclo menstrual, esses exames medem hormônios que regulam a ovulação:

  • FSH (Hormônio Folículo-Estimulante): indica como os ovários estão respondendo aos estímulos para produzir óvulos;
  • LH (Hormônio Luteinizante): atua em conjunto com o FSH e seu pico desencadeia a ovulação;
  • Estradiol: principal hormônio produzido pelos ovários, importante para o desenvolvimento do folículo e do endométrio.

Avaliação da reserva ovariana

Esses exames ajudam a estimar a quantidade e, indiretamente, a qualidade dos óvulos disponíveis:

  • Hormônio Anti-Mülleriano (AMH): produzido pelos folículos ovarianos, ele é um marcador fundamental para avaliar a reserva ovariana, pois reflete diretamente a quantidade de folículos em desenvolvimento. Pode ser medido em qualquer fase do ciclo menstrual.
  • Contagem de Folículos Antrais (CFA): realizada por meio de ultrassom, complementa a dosagem do AMH.

Outros hormônios importantes

O médico também pode solicitar a medição de outros hormônios que influenciam a fertilidade, como a prolactina e os hormônios da tireoide (TSH e T4 livre), pois seus desequilíbrios podem interferir na ovulação.

Quais exames de imagem podem ser necessários?

Os exames de imagem fornecem uma visão clara da anatomia dos órgãos reprodutivos, permitindo identificar possíveis alterações estruturais.

Ultrassonografia transvaginal

É um exame fundamental para visualizar o útero e os ovários. Com ele, o especialista avalia o formato do útero, a espessura do endométrio (camada que reveste o útero) e realiza a contagem de folículos antrais nos ovários, complementando a avaliação da reserva ovariana.

Histerossalpingografia

A histerossalpingografia é um tipo de raio-X com contraste que avalia a cavidade uterina e, principalmente, a permeabilidade das trompas. O exame verifica se elas estão abertas e sem obstruções, condição essencial para que o óvulo seja fecundado pelo espermatozoide e chegue ao útero.

E os testes de ovulação de farmácia, eles ajudam?

Os testes de ovulação de farmácia são úteis para identificar o pico do hormônio LH, que ocorre cerca de 24 a 36 horas antes da ovulação. Eles ajudam a mulher a identificar seu período fértil, aumentando as chances de gravidez por relação sexual programada.

No entanto, é importante lembrar que esses testes não avaliam a qualidade dos óvulos, a saúde das trompas ou outros fatores hormonais. Eles são uma ferramenta de auxílio, mas não substituem uma investigação médica completa quando há dificuldade para engravidar.

Quer saber mais sobre os exames necessários? Então, assista ao vídeo a seguir!

Estou com dificuldades para engravidar, quais exames devo fazer? | Huntington

O que fazer após receber os resultados dos exames?

Com os resultados dos exames em mãos, o próximo passo é retornar ao especialista. Isso porque apenas um médico capacitado pode interpretar o conjunto de informações, conectar os dados e chegar a um diagnóstico preciso. No entanto, lembre-se que um resultado isolado não define o quadro geral.

A partir do diagnóstico, o médico irá conversar com você sobre as possibilidades e traçar um plano de tratamento personalizado. Seja por meio de tratamentos de baixa ou alta complexidade, como a Fertilização In Vitro (FIV), o objetivo é encontrar o caminho mais seguro e eficaz para realizar seu sonho.

A Dra. Michele Panzan ressalta que as opções de tratamento são variadas:

“Quem enfrenta dificuldades para engravidar tem a opção da inseminação intrauterina, Fertilização in Vitro, recepção de óvulos ou espermatozoides, sem falar nas técnicas mais avançadas de laboratório que permitem que casais que jamais engravidaram por vias naturais consigam ter filhos”, explica a especialista.

Entender a própria fertilidade é um ato de autocuidado e o primeiro passo em uma jornada de esperança. Por isso, na Huntington, estamos prontos para acolher sua história e guiar você em cada etapa com excelência médica e atendimento humano.

Agende uma consulta e vamos juntos encontrar as melhores respostas!

REFERÊNCIAS

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FAUSER, B. C. J. M. et al. Declining global fertility rates and the implications for family planning and family building: an IFFS consensus document based on a narrative review of the literature. Human Reproduction Update, jan. 2024. DOI: https://doi.org/10.1093/humupd/dmad028.

HARRISON, C. et al. The effect of an educational animation on knowledge of testicular health and fertility of adolescents. Human Reproduction, Out. 2023. DOI: https://doi.org/10.1093/humrep/dead195.

KLOBODU, C. et al. Examining the role of nutrition in cancer survivorship and female fertility: a narrative review. Current Developments in Nutrition, mar. 2024. DOI: https://doi.org/10.1016/j.cdnut.2024.102134.

VAN DER COELEN, S. et al. Navigating fertility dilemmas across the lifespan in girls with Turner syndrome—a scoping review. Human Reproduction Update, [S. l.], [s.p.], Mar. 2024. DOI: https://doi.org/10.1093/humupd/dmae005.

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