Vasectomia é reversível? Veja as chances de recuperar a fertilidade
Vasectomia é reversível? Veja as chances de recuperar a fertilidade e alternativas para ter filhos

Vasectomia é reversível? Veja as chances de recuperar a fertilidade e alternativas para ter filhos

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Sim, a vasectomia é reversível para a maioria dos homens. A vida se transforma, e com ela, os planos e desejos podem seguir novos rumos. A vontade de ter filhos novamente após o procedimento é uma realidade para muitas pessoas e casais, um caminho que entendemos e acolhemos com todo o cuidado.

A cirurgia de reversão, conhecida como vasovasostomia, é o procedimento mais utilizado para restaurar a fertilidade masculina, com taxas de sucesso que podem chegar a 89,4% para a presença de espermatozoides no sêmen e 73,0% para a chance de gravidez.

O procedimento para reverter a vasectomia é uma microcirurgia delicada que reconecta os ductos deferentes, os canais que transportam os espermatozoides. Estudos indicam que uma técnica de reversão por microscópio, realizada sob anestesia, apresenta ttaxas de sucesso na restauração da passagem dos espermatozoides que ultrapassam 90%. Porém, a chance de uma gravidez natural é influenciada por diversos fatores que devem ser avaliados individualmente.

Afinal, a vasectomia é reversível?

Tecnicamente, a vasectomia é considerada um procedimento reversível. A cirurgia de reversão, chamada de vasovasostomia ou vasoepididimostomia, busca restabelecer o fluxo de espermatozóides para que eles possam novamente fazer parte do sêmen que vai ser ejaculado.

É fundamental entender, no entanto, que a reversão é um procedimento mais complexo e delicado que a própria vasectomia. Além disso, o sucesso não é garantido e depende de uma avaliação médica criteriosa para alinhar as expectativas e escolher o melhor caminho para cada caso.

Quais fatores influenciam o sucesso da reversão da vasectomia?

A probabilidade de sucesso da cirurgia de reversão não é a mesma para todos. Diversos pontos são analisados pela equipe médica para estimar as chances de recuperar a fertilidade e alcançar a gravidez. Os principais são:

Tempo desde a vasectomia

O tempo é o fator mais determinante. Em outras palavras, quanto menor o intervalo de tempo entre a vasectomia e a reversão, maiores são as chances de sucesso. As taxas de sucesso são mais altas em homens que revertem o procedimento em até 3 a 5 anos.

Pesquisas apontam que as chances de gravidez podem cair drasticamente, de 82%–89% para 44%, quando a reversão ocorre após 15 anos da vasectomia, o que reforça a importância do tempo.

Técnica cirúrgica utilizada

A experiência e a habilidade do cirurgião são cruciais. A microcirurgia exige alta precisão para a reconexão dos ductos, que são extremamente finos.

Idade e saúde geral do homem e da parceira

A fertilidade natural diminui com a idade, tanto para homens quanto para mulheres. Além disso, a saúde geral de ambos e a ausência de outros fatores de infertilidade também impactam as chances de concepção.

Por exemplo, homens com Índice de Massa Corporal (IMC) elevado podem ter uma contagem de espermatozoides menor após a reversão, sugerindo que emagrecer antes da cirurgia pode aumentar as chances de sucesso.

Como é realizada a cirurgia de reversão?

A vasectomia é reversível a partir de uma microcirurgia realizada por um urologista com especialização em andrologia ou reprodução humana. O procedimento é mais longo e detalhado que a vasectomia, podendo durar em média até 2 horas e, geralmente, requer anestesia geral ou regional.

Existem duas técnicas principais:

  1. Vasovasostomia: É a técnica mais comum, na qual o cirurgião une diretamente as duas extremidades do ducto deferente que foram cortadas durante a vasectomia;
  2. Vasoepididimostomia: É um procedimento mais complexo, realizado quando há uma obstrução no epidídimo (local onde os espermatozóides amadurecem). Nesse caso, o ducto deferente é conectado diretamente ao epidídimo.

escolha da técnica é feita pelo médico durante a cirurgia, após avaliar a qualidade do fluido presente nos ductos. A presença de espermatozoides nesse fluido é um indicador positivo, pois aumenta significativamente as chances de sucesso na desobstrução e, consequentemente, na recuperação da fertilidade.

Quais são as taxas de sucesso reais?

É importante diferenciar os dois principais indicadores de sucesso. O primeiro é a taxa de patência, que mede o retorno dos espermatozoides ao sêmen ejaculado. Essa taxa pode variar de 70% a mais de 95%, especialmente quando a cirurgia é feita em até 10 anos após a vasectomia.

O segundo indicador, e o mais importante para os casais, é a taxa de gravidez. Ela tende a ser menor, situando-se geralmente entre 30% e 75%. A vasovasostomia, a técnica mais comum, pode ter sucesso em restabelecer a passagem de espermatozoides em até 89,4% dos casos e levar à gravidez em até 73,0%.

Essa diferença ocorre porque a presença de espermatozóides não garante a gravidez, que depende também da qualidade desses gametas e da fertilidade da parceira.

Existem alternativas à cirurgia de reversão?

Sim. Para muitos casais, os tratamentos de reprodução assistida representam uma alternativa altamente eficaz, principalmente quando a cirurgia de reversão não é indicada ou quando se busca uma solução com taxas de sucesso potencialmente maiores e mais rápidas.

Mesmo após a vasectomia, o homem continua a produzir espermatozoides nos testículos. Eles apenas não são liberados na ejaculação. Por meio de procedimentos simples, é possível coletar esses espermatozoides para utilizá-los em um tratamento de Fertilização In Vitro (FIV).

Recuperação de espermatozoides e Fertilização In Vitro (FIV)

A FIV é um tratamento no qual o óvulo é fecundado pelo espermatozoide em laboratório, formando um embrião que será transferido para o útero. Para homens vasectomizados, os espermatozóides são obtidos por meio de técnicas de recuperação espermática:

  • PESA (Aspiração Percutânea de Espermatozoides do Epidídimo): um procedimento minimamente invasivo no qual os espermatozóides são aspirados diretamente do epidídimo com uma agulha fina;
  • MESA (Extração de Espermatozoides do Epidídimo): envolve um procedimento cirúrgico realizado com microscópio para a extração de uma concentração maior de espermatozóides do epidídimo

Quando considerar a FIV em vez da reversão?

Embora a vasectomia seja reversível, a decisão entre a reversão cirúrgica e a Fertilização in Vitro com recuperação de espermatozóides é muito pessoal e deve ser tomada em conjunto com um especialista em reprodução humana. A FIV pode ser a melhor opção em situações como:

  • Longo tempo desde a vasectomia (mais de 10-15 anos);
  • Idade avançada da parceira, quando o tempo é um fator crucial;
  • Presença de algum fator de infertilidade feminina associado;
  • Falha em uma tentativa anterior de reversão;
  • Desejo de evitar um procedimento cirúrgico mais invasivo.

Assista ao vídeo a seguir e entenda cada etapa da FIV, uma alternativa para realizar o sonho de ter filhos:

Como dar o primeiro passo para recuperar a fertilidade?

O sonho de ter um filho novamente é um recomeço cheio de esperança. Por isso, entender que existem caminhos seguros e eficazes, seja pela reversão da vasectomia ou pelas modernas técnicas de reprodução assistida, é o primeiro passo para transformar esse sonho em vida.

Cada história é única e merece uma avaliação cuidadosa e um plano de tratamento personalizado, como explica o Dr. Thiago Nunes.

“A medicina integrativa é olhar o ser humano como um todo, o orgânico e o mental. E há também a importância de individualizar cada vez mais o tratamento, ver exatamente o que cada paciente precisa para ter o melhor resultado possível. Para isso precisamos de uma equipe multidisciplinar”, afirma o médico.

Portanto, a melhor forma de descobrir qual é a rota ideal para você e sua família é conversando com um especialista que possa oferecer acolhimento, conhecimento e a mais alta tecnologia.

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REFERÊNCIAS

PATEL, A. P.; SMITH, R. P. Vasectomy reversal: a clinical update. Asian Journal of Andrology, mar. 2016. DOI: https://doi.org/10.4103/1008-682X.175091.

PINTO, L. O. A. D. et al. Portable model for vasectomy reversal training. *International Brazilian Journal of Urology : Official Journal of the Brazilian Society of Urology*, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/S1677-5538.IBJU.2019.0092.

SAMPLASKI, M. K. et al. Sperm granulomas: Predictive factors and impacts on patency post vasectomy reversal. *Andrologia*, mai. 2022. DOI: https://doi.org/10.1111/and.14439.

SCOVELL, J. M. et al. Association between the presence of sperm in the vasal fluid during vasectomy reversal and postoperative patency: a systematic review and meta-analysis. *Urology*, fev. 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.urology.2014.09.005.

WU, C-F. et al. A feasible ambulatory mini-incision microsurgical vasovasostomy under local anaesthesia using a specially designed double-ringed clamp that simplifies surgery. Singapore Medical Journal, Cingapura, p. 641–646, dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.11622/smedj.2014191.

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