Glossário da FIV: tudo que você precisa saber para iniciar seu tratamento em 2022

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    Você sabia que a Fertilização In Vitro (FIV) é um método de reprodução assistida, estudado desde os anos 1950 e que o primeiro bebê vindo dessa técnica nasceu em 1978, na Inglaterra?

    No Brasil essa novidade chegou um pouco mais tarde, em 1983. Desde a época em que foi desenvolvida, a Fertilização In Vitro vem sendo uma aliada dos casais inférteis e é sobre ela que vamos falar aqui!

    Se você deseja saber mais detalhes sobre a FIV, para quem ela é indicada, quais são as quatro principais etapas dessa abordagem e o que você precisa fazer para iniciá-la, continue no texto!

    O que é a Fertilização in Vitro (FIV)

    A FIV é um tratamento de infertilidade altamente eficiente e bastante complexo que vem sendo muito utilizado ultimamente para tornar realidade o sonho que algumas pessoas têm de ter um filho.

    A taxa de sucesso desse procedimento é mais alta do que a de outras técnicas de reprodução assistida, podendo passar de 60% por tentativa, bem superior à concepção natural!

    Normalmente, a fertilização, que é a união do espermatozoide com o óvulo, ocorre na tuba uterina, mas podem haver muitos problemas que inviabilizam esse processo de forma natural.

    Para driblar essas questões, a Fertilização In Vitro coleta dos gametas, masculinos e femininos, de modo que a fecundação ocorra em laboratório.

    Vamos conhecê-la em detalhes?

    4 principais etapas do tratamento

    A FIV é um procedimento realizado em quatro etapas.

    1. Estimulação ovariana

    Esta etapa marca o início do tratamento e é muito importante para possibilitar a coleta dos óvulos. Ela é feita com o auxílio de medicamentos hormonais que estimulam o desenvolvimento dos folículos ovarianos.

    Todo esse processo é acompanhado por exames como o ultrassom, e quando os folículos atingem o ponto de maturação ideal, a ovulação é estimulada.

    2. Coleta e manipulação dos gametas

    A aspiração dos gametas deve ser feita antes que a ovulação aconteça. Por isso, é importante que a última medicação seja aplicada no horário determinado pelo médico. Para fazer a aspiração, é aplicada uma sedação leve e o processo se dá através de uma agulha acoplada ao aparelho de ultrassom transvaginal, que chega aos ovários. O líquido no interior do folículo é sugado, e com ele retiramos o óvulo.

    Os espermatozoides também devem ser colhidos no mesmo dia em que ocorre a retirada dos óvulos. Nos casos de infertilidade masculina seja severa ou em casais homoafetivos, esse material pode ser adquirido em um banco de doação de sêmen.

    3. Fertilização In Vitro (FIV)

    Quando os gametas estiverem aptos eles serão incubados em uma placa de Petri para que a fecundação ocorra de modo idêntico ao que acontece no organismo humano, chamada de FIV clássica.

    Na FIV clássica, são colocados cerca de 200 mil espermatozoides para fecundar um único óvulo, e é utilizado um meio de cultura que simula o ambiente das tubas uterinas.

    Hoje em dia, usa-se bastante uma técnica onde os espermatozoides são injetados um a um no interior dos óvulos, chamada de Injeção Intracitoplasmática de Espermatzóide (ICSI).

    4. Transferência embrionária

    Após a fertilização do óvulo, ocorre o desenvolvimento dos embriões, que ficam em cultura e observação por 5 a 6 dias. Após esse período eles poderão ser transferidos a fresco ou congelados. Nesse caso, a transferência é programada para um próximo mês.

    Será que é para mim? Entenda para quem a FIV é indicada

    A FIV é indicada para pessoas que tenham recebido o diagnóstico médico de infertilidade e que não são elegíveis aos tratamentos mais simples.

    Nesse grupo podem estar mulheres que sofrem com endometriose, obstrução das tubas uterinas, infecções pélvicas e problemas de ovulação.

    Já no caso dos homens, a FIV pode auxiliar aqueles que têm alterações nos padrões seminais, problemas de ejaculação ou que realizaram vasectomia.

    E não são apenas os parceiros heteroafetivos que se beneficiam dessa técnica. A Fertilização In Vitro também viabiliza que casais homoafetivos masculinos e femininos realizem o sonho de ter um filho.

    Além disso, esse tratamento também é indicado para mulheres que desejam ter uma produção independente.

    O que preciso para fazer o tratamento?

    Conforme mencionamos, para realizar a Fertilização In Vitro o primeiro passo é ter o diagnóstico de um médico especialista na área. Afinal, apenas esse profissional pode avaliar a sua condição e indicar o tratamento ideal para o seu caso.

    Para isso, são necessários a realização de alguns exames:

    Exames que as mulheres devem fazer

    • Exames hormonais: ajudam o especialista a compreender o funcionamento hormonal da mulher;
    • Histerossalpingografia: avalia a morfologia das tubas uterinas;
    • Exames sorológicos: são obrigatórios, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois detectam a presença de infecções como as hepatites e DST ‘s.
    • Cariótipo: analise cromossômica, determina se há condições de produzir um gameta saudável

    Exames que os homens devem fazer

    • Fragmentação de DNA espermático: analisa a qualidade do DNA carregado pelos espermatozoides;
    • Ultrassom da bolsa testicular: identifica varicocele e alterações morfológicas dos testículos;
    • Exames sorológicos: assim como para as mulheres, para os homens eles também são obrigatórios.
    • Cariótipo: mesma função das mulheres

    Com todos os exames em mãos o médico consegue avaliar de forma certeira como está a saúde reprodutiva do casal, ou da mulher que deseja optar pela reprodução independente, e traçar os detalhes a respeito do tratamento.

    Gostou de saber mais sobre a FIV? Para se informar mais ainda a respeito de tratamentos de fertilidade continue no nosso blog!

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