Alimentação para Mulheres com Endometriose: Estratégias Nutricionais

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    A endometriose é uma condição que acomete cerca de 10% a 15% das mulheres em idade fértil, segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE). Esse número pode aumentar para até 50%, quando analisadas pacientes com histórico de infertilidade.

    E uma das principais dúvidas que acometem mulheres com endometriose está relacionada a dieta e alimentação. Se identificou? Neste artigo, abordaremos dicas e estratégias nutricionais para complementar o tratamento de endometriose, com acompanhamento médico. Vamos lá!

    Endometriose e Infertilidade Feminina: como se relacionam?

    Todo o processo da endometriose no ciclo menstrual trás fragmentos endometriais que ocasiona em maior lesão endometrial, e a grande inflamação faz com que a qualidade do oócito (óvulo) seja diminuída e consequentemente uma menor chance na implantação do embrião. Entenda aqui a relação de Fertilização In Vitro e Endometriose.

    Na gestação natural, a inflamação da endometriose pode ocasionar uma menor motilidade dos espermatozoides, induzindo a apoptose (morte) dos espermatozoides, atrapalhando então a qualidade do embrião, e, consequentemente, a receptividade uterina.

    Dieta e Alimentação para quem tem Endometriose:

    Veja a seguir algumas estratégias nutricionais que podem ser utilizadas por mulheres com endometriose, com acompanhamento médico:

    • Acompanhamento com exames laboratoriais e clínicos;

    • Manejo no plano alimentar (dieta) individualizada;

    • Redução, e em alguns casos a exclusão, de carnes vermelhas e gorduras trans (industrializados no geral);

    • Vitamina D, Vitaminas do complexo B, Zinco, Magnésio, Ômega 3, NAC, Curcuma, alguns fitoterápicos (e fitoterápicos da Medicina Chinesa) e flavonóides (Resveratrol, crisina, quercetina, entre outros);

    • Fontes alimentares: Folhas verdes escuras, vegetais (especialmente verdes e roxos), frutas (especialmente as cítricas), Frutas vermelhas, Chá verde, Azeite de oliva, própolis orgânico, folhas de maracujá, gengibre, Alho, cúrcuma, sálvia.

    Estratégias Complementares para Mulheres com Endometriose: Importância da Boa Qualidade de Sono

    Para minimizar os efeitos dos desconfortos, também é possível alinhar o ciclo circadiano e a melhoria da qualidade do sono, de acordo com as orientações de “Higiene do sono” e exposição à luz solar durante o dia. Além disso, vale investir no consumo de alimentos fontes de triptofano (amêndoa, castanha de caju, amendoim, abacate, banana, cacau, ervilha, grão de bico, ovo, peixe pescada, frango).

    A Melatonina e a Fertilidade Feminina

    A Melatonina, que cada vez mais sendo estudada na fertilidade, é usada na endometriose pois é um antioxidante e anti-inflamatório, com potencial para minimizar as dores, ela modula o estresse oxidativo na cavidade peritoneal, diminuindo os danos ao DNA dos oócitos.

    Ela tem grande importância na regulação da inflamação, potente varredor de radicais livres, importante para a modulação da resposta imunológica, ela promove melhor função lútea, melhora morfologia e regulação do endométrio, para toda foliculogenese, proteção do oocito e na prevenção de abortos espontâneos. A melatonina é usada também na SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos).

    Recursos Adicionais para Bem Estar

    De forma adicional, podem ser utilizados óleos essenciais, sempre sob orientação de um profissional Aromaterapeuta:

    • Mirra;

    • Sálvia esclareia: essa planta está presente a um medicamento italiano bem quisto na diminuição da dor relacionada à endometriose.

    Por que tratar? Fatores negativos para mulheres com Endometriose

    Dentre os fatores que mais influenciam negativamente na endometriose, podemos destacar a alimentação inflamatória com alto consumo de industrializados, de carnes vermelhas e gorduras trans e toxinas ambientais (agrotóxicos, pesticidas, bisfenol-A).

    Por isso, fique atenta e procure auxílio! Mulheres com endometriose têm mais chances de desenvolverem outras comorbidades como inflamação sistêmica; aumento de estresse oxidativo, obesidade, doenças gastrointestinais como a síndrome do intestino irritável, doenças cardiovasculares começando com o aumento de colesterol LDL, redução de HDL e aumento de triglicerídeos e mais chances de aparecimento de alguns tipos de câncer (devido stress, processos inflamatórios e desequilíbrios hormonais).

    Além disso, possuem chances aumentadas de desenvolverem doenças auto imunes, fibromialgia ou disfunções tireoidianas. Também é comum a ocorrência de doenças psiquiátricas, visto que mulheres com endometriose podem vir a desenvolver depressão e ansiedade, devido a dor e aos desconfortos na vida social, sexual e na fertilidade.

    De forma complementar, por estarem com uma resposta imune deficiente e com processo inflamatório aumentado, possuem mais chances de desenvolverem doenças atópicas – como asmas, alergias, rinites, intolerâncias e sensibilidades alimentares.

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